terça-feira, 28 de agosto de 2012

Alfafa Peletizada

O interesse despertado pela alfafa peletizada,forma moderna de comercialização da alfafa,está relacionada com as exigências dos animais,dos quais se deseja sempre uma melhor produção.Suas características nutritivas situam a alfafa peletizada em uma posição intermediária entre as forragens comuns e os alimentos concentrados,ainda que seja nítidamente superior a esses últimos pelo seu conteúdo de carotenos e xantofilas, bem como componentes vitamínicos e minerais.Constitui, então, alimento insubstituível para a integração de concentrados.

BOVINOS

A alfafa peletizada anula ou reduz as necessidades de suplemento protéico e melhora a qualidade do feno ou das rações de escassa proteína.Ao mesmo tempo é ideal para balancear rações de grãos moídos.Adicionada ao alimento determina um aporte de fatores de crescimento capazes de estimular o ganho ponderal e aumentar a utilização do alimento(biodigestibilidade).É impotante para melhorar a utilizaçào das forragens pobres destinadas ao gado de corte e influi favorávelmente na produção do leite e no pese corporal do gado leiteiro.

EQÜINOS

A alfafa peletizada substitui com vantagens os fenos de gramíneas,já que tem 33% mais de valor alimentício.Como o material fibroso integra 40-50% das rações de cavalos a troca parcial do feno por alfafa peletizada resulta muito adequada para melhorar a qualidade da alimentação.A suplementação de 0,5% do peso vivo é uma excelente dose.

SUÍNOS

A alfaf peletizada de boa qualidade contém um ou mais fatores claramente necessários para a reprodução e lactação.A ração que um animal recebe durante o crescimento,exerce uma influencia decisiva sobre a capacidade do animal para gestar,reproduzir e amamentar muitos meses depois.

OVINOS –CAPRINOS

A alfafa peletizada pode ser administrada perfeitamente à ovinos e caprinos,tanto como complemento como alimento principal e é um alimento fibroso que cumpre com perfeição o processo de nutrição destes animais.Os criadores da Argentina sustentam que a alfafa peletizada é o melhor alimento para ovinos e caprinos,confirmando os trabalhos sobre alimentação de outros países,com excelentes resultados em seus lotes.

AVES

Sob o ponto de vista atual, a pigmentação das aves de corte e da gema de ovos de consumo, constituem fatores importantes para os avicultores.À título de orientação o emprego de 4-8% de alfafa peletizada nas rações de aves de corte e poedeiras é suficiente para aumentar a pigmentção da carne e da gema dos ovos.

COELHOS-CHINCHILAS

A alfafa peletizada é o melhor suplemento protéico-fibroso para coelhos e chinchilas e supera os outros fenos em qualidade e praticidade de apresentação e consumo.É uma leguminosa de excelente qualidade que pode contituir o único alimento de machos que não estão em serviço,fêmeas não grávidas e animais jovens em crescimento para reposição.
Fonte: www.alf.ind.br
Alfafa
A alfafa (Medicago sativa) é uma leguminosa perene (renovada constantemente pela natureza), pertencente à família Fabaceae e subfamília Faboideae. Originalmente encontrada na Ásia Menor e no Cáucaso. Apresentando uma grande variedade de ecotipos (sub tipos adaptados ao clima da região). Em Portugal é também chamada de Luzerna.
Foi a primeira espécie forrageira a ser domesticada, devido a sua boa adaptabilidade aos mais diferentes tipos de clima e solo fez com que se tornasse conhecida e cultivada em quase todas as regiões agrícolas do mundo e é considerada a "rainha das forrageiras" pelos norte-americanos, devido ao seu elevado valor nutritivo e por produzir forragem tenra e de boa palatabilidade (os animais a absorvem com certa facilidade) aos animais. Tendo cerca de duas a quatro vezes mais proteína bruta do que o trevo-branco (Trifolium repens) e a silagem de milho (Zea mays), alem de ser mais barata.
É usada como alimento humano, seu brotos, devido ao seu alto teor proteínico e por ser um alimento de baixa caloria e de agradável sabor. Pode ser usada na forma de saladas ou sopas.

Teor nutritivo

Por ser muito nutritiva e apresentar importantes qualidades como forrageira, possuir em sua composição básica os seguintes valores por produto;( valores básicos em percentual relativo)
proteína bruta = 22 a 25%
cálcio = 1,6%
fósforo = 0,26%
NDT = 60%
Esses níveis são muito superiores aos de outras fontes de alimentos habitualmente utilizados na pecuária. Alem desta usa-se o milho (Zea mays), a cana-de-açúcar (Saccharum sp.) o capim-elefante (Pennisetum purpureum).
E sua alta degrabilidade proteínica, aumentando a produção do gado leiteiro, ou seja de fácil digestão para os animais é usado em grande escala mundialmente como forragem animal e alimento.

Produção mundial

É produzida em todo o planeta, cobrindo uma área estimada de 32 milhões de hectares(ha) de área plantada, nos locais de clima tropical,assim distribuida :

Hemisfério Norte:

Estados Unidos com 10.500.000 ha é o maior produtor mundial.
Rússia - Com 3.300.000 ha, incluindo aí os países da ex União Soviética.
Canadá com 2.500.000 ha.
Itália}}, com 1.300.000 ha.
Hemisfério Sul:
Argentina- Com 7.500.000 ha - Maior produtor do Hemisfério Sul e o segundo do mundo.
África do Sul - Com 300.000 ha.
Peru - com 120.000 ha.
Normalmente, a alfafa é vendida por quilo, mas é possível encontrá-la em sacos de quarenta ou cinqüenta quilogramas.

Produção no Brasil

Alfafa
Ilustração do livro Flora von Deutschland, Österreich und der Schweiz (1885) de Otto Wilhelm ThoméFoi introduzida no Rio Grande do Sul, a partir do Uruguai e da Argentina, cobrindo uma área de 26.000 ha na Argentina.
Seu baixo plantio no Brasil ocorre em grande parte pela falta de conhecimento e exigências peculiares, pelos produtores.
Apesar de ser uma das forrageiras mais difundidas em países de clima temperado, recentemente a alfafa começou a ser cultivada com sucesso em ambientes tropicais.
No Brasil, até 1968, o Estado do Rio Grande do Sul respondia por mais de 70% da área cultivada com alfafa . Mais fato as condições climáticas local serem favoráveis ao cultivo na época.
Outras regiões como a Sudeste e Centro-Oeste, são grandes plantadores, podemos destacar Mato Grosso do Sul, na região de Campo Grande, Tocantins e sul de Goiás, se levarmos em conta ainda que o país prefere exportar do que a plantar.

Uso humano

Por ser rica em proteínas é um bom fortificante, contra o raquitismo. Contém várias vitaminas entre elas as vitaminas A1, B2 e C, além de minerais como potássio, magnésio, fósforo e cálcio.
É eficaz no tratamento de anemias, ausência de ferro, auxilia a circulação sangüínea protegendo-a de hemorragias. O seu chá tomado em jejum recalcifica os ossos e combate o raquitismo, calmante, combate o excesso de uréia, é recomendada na alimentação como salada, para combater escorbuto, falta de apetite, má digestão, úlceras nervosas, cistite, reumatismo e artrite.
Há várias formas de usá-la na alimentação como salada com tempero ou não, chá, sempre deve ser feito da folha seca. Secar na sombra, senão murcha e perde qualidade terapeuticas. Tomar um copo de chá durante 4 dias por semana. Intercalar e repetir a dose outras vezes, normalmente antes do almoço ou refeições.
Fonte: pt.wikipedia.or

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

NUTRIÇÃO DO CAVALO ATLETA
Cavalo Atleta

O cavalo é um animal origináriamente herbívoro,sendo assim,suas nescessidades nutricionais deveriam ser totalmente supridas pela ingestão de volumosos, ou seja,pasto verde.Porém,a mudança dos hábitos naturais dos eqüinos,forçado pelo manejo imposto pelas rotinas de treinamento e preparação esportiva,leva o cavalo a alterar seu metabolismo e suas necessidades nutricionais.

Naturalmente,um animal adulto precisa de uma dieta que contenha de 8 a 12% de proteína,o que é facilmente obtido pelos hábitos variados de pastejo.Entretanto,algumas gramíneas podem não atingir este índice,necessitando assim da adição de leguminosas como alfafa,que pode conter de 13 a 23% de proteína.

Suplementação energética

Com o uso de volumosos de boa qualidade as necessidades básicas do animal de esporte ou trabalho são parcialmente supridas.Nesses casos,a necessidade enrgética está aumentada,necessitando assim ser suplementada.A suplementação energética pode ser feita através da adição de grãos com alto teor de energia como o milho.

Com o avanço das pesquisas e desenvolvimento das fábricas de rações concentradas,os concentrados comerciais para animais de trabalho aportam,além dos grãos outros suplementos energéticos como o melaço.O uso desses suplementos deve ser feito com muito critério e sempre com acompanhamento de um médico veterinário,a fim de definir que tipo é o mais adequado para cada animal em cada fase do treinamento,idade ou tipo de atividade física realizada.


Fonte: Revista Noroeste 18/07/2008

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Irrigação é o Futuro Para os Plantadores de Alfafa

Irrigação

As necessidades hídricas da alfafa estão em torno de 800 a 1600 mm/ano, dependendo do clima e do crescimento da planta. Em cada ciclo de crescimento e corte há uma variação no consumo de água (evapotranspiração) proporcional à área foliar da planta.

No manejo da irrigação, essa variação do consumo é representada pelo coeficiente de cultura (Kc), que é a razão entre a evapotranspiração da alfafa (ETc) e a evapotranspiração da cultura de referência (ETo), no caso a grama Batatais. O Kc é calculado da seguinte forma:


Em que,

Kc - coeficiente de cultura;
ETc - evapotranspiração da cultura (no caso, a alfafa), em mm/dia;
ETo - evapotranspiração de referência (grama Batatais), em mm/dia,
O Kc da alfafa varia de 0,4 logo após o corte, a 1,2 um pouco antes do próximo corte.

Manejo da irrigação

O manejo da irrigação é um recurso para racionalizar a aplicação complementar de água às culturas. Requer certos procedimentos para que os resultados sejam satisfatórios, tais como a estimativa ou medição da evapotranspiração da cultura (ETc, em mm/dia), a capacidade de armazenamento de água do solo (CAD, em mm) e a taxa de aplicação de água do sistema de irrigação (Ta, em mm/h).

A lâmina de água de irrigação deve repor o consumo dentro de um período de tempo, que é determinado pela capacidade de armazenamento e disponibilização de água do solo. Para isto é feita uma análise prévia com o balanço hídrico, para descobrir os desequilíbrios entre a oferta e a demanda de água no sistema de produção. Por exemplo:

Máxima demanda: 4,5 mm/dia
AFD
1
(prof. 50 cm): 18 mm
Turno de rega: 18
¸ 4 = 4 dias

Portanto, o sistema de irrigação utilizado nessa área deverá ter a capacidade de cobrir toda a área num período de 4 dias, em condições de consumo máximo.
Ocorre, porém, que nem sempre o consumo é máximo. É necessário medir o consumo para determinar qual a lâmina d´água de irrigação e evitar o desperdício.

Geralmente o produtor rural têm dificuldades de determinar a evapotranspiração das plantas. Há diversos métodos desenvolvidos com esta finalidade (Blaney-Criddle, Hargreaves & Samani, Penman-FAO e outros), mas esses métodos necessitam de várias fórmulas e muitos parâmetros climáticos, a maioria delas pouco acessível ao produtor rural. Isto tem levado os irrigantes a cometer um grande erro do ponto de vista técnico, econômico e ecológico, que é a aplicação de água em quantidade predeterminada e num intervalo de tempo também predeterminado. Por exemplo, a aplicação de 15 mm a cada 3 dias, ou de 30 mm a cada 6 dias.

Como o clima muda constantemente, se o intervalo de tempo entre irrigações (turno de rega) for fixo, a lâmina d´água será variável; e se a lâmina d´água de irrigação for prefixada, o turno de rega será variável.

Para evitar a prática incorreta de turno de rega prefixado e lâmina d´água diária prefixada, foi desenvolvido o método EPS de manejo de irrigação (Evaporação - Planta - Solo). O método é prático e, principalmente, fácil de usar. Apesar de ser empírico, como diversos outros métodos, envolve apenas dois parâmetros climáticos: evaporação de água e precipitação pluvial (chuva). Esses dois parâmetros respondem por mais de 90% da demanda hídrica das plantas.

No Método EPS, a evaporação de água pode ser medida com o tanque Classe A ou com o evaporímetro de Piché, e a precipitação pluvial é medida com o pluviômetro (Figura 1).

Princípio de operação do manejo EPS: quando a diferença entre a evaporação do tanque Classe A e a precipitação pluvial (ECA - PRP) atingir valores entre 20 e 30 mm, deve-se proceder a irrigação. A mesma regra vale para a diferença entre a evaporação do Piché e a precipitação pluvial (EPi - PRP).

A quantidade de água a aplicar varia de acordo com a planta forrageira, mas há uma relação entre a evaporação de água (ECA ou EPi) e a evapotranspiração da cultura (ETc). Um trabalho de pesquisa conduzido na Embrapa Pecuária Sudeste indicou que, para alfafa, a relação é: ETc = 0,72 x ECA (ou ETc = 0,72 x EPi). Portanto, para cada 100 mm de ECA ou EPi, tem-se uma evapotranspiração de 72 mm na alfafa.

Foto: Fernando Campos Mendonça

Fig 1. (a) Tanque Classe A e pluviômetro, utilizados no manejo de irrigação (método EPS); (b) Evaporímetro de Pichè, que pode ser utilizado em substituição ao tanque do tipo classe A.

Em sistemas com lâmina d´água fixa, o turno de rega é variável, isto é, a irrigação será iniciada assim que a diferença (ECA – PRP) atingir valores entre 20 e 30 mm. Isto acontece em intervalos irregulares de tempo.


A seguir apresenta-se um exemplo de manejo com lâmina fixa e turno variável.

Exemplo1: Lâmina d´água fixa e turno de rega variável (com tanque Classe A*)


* Pode-se utilizar o tanque Classe A ou o evaporímetro de Piché.
** A diferença é zerada sempre que for feita a irrigação.

Nos sistemas com turno de rega fixo, a lâmina d´água de irrigação é variável e deve-se calcular a diferença (ECA - PRP, ou EPi - PRP) acumulada durante o turno de rega para verificar se essa diferença atingiu um mínimo de 20 mm. A irrigação será feita se a diferença (ECA - PRP ou EPi - PRP) tiver atingido esse valor. Se não atingir o valor limite de 20 mm ao final do período, continua-se acumulando a diferença por mais um período.

A seguir apresenta-se um exemplo de manejo com turno fixo e lâmina variável.

Exemplo 2: Turno de rega fixo e lâmina d´água variável (com evaporímetro de Piché*)



* Pode-se utilizar o tanque Classe A ou o evaporímetro de Piché.

Especificamente para a alfafa, devem ser feitas duas considerações quanto ao manejo da irrigação:

  1. Não se deve irrigar a cultura imediatamente antes do corte ou do pastejo, pois o umedecimento da camada superficial do solo nesse momento dificulta a colheita de forragem e predispõe ao aparecimento de “mofo” no material colhido (no caso de corte) ou à compactação do solo (no caso de pastejo).

  2. Durante a instalação do alfafal e o início do desenvolvimento da planta (diferenciação foliar), irrigações muito freqüentes podem até ser prejudiciais, provocando o crescimento superficial do sistema radicular. É recomendado que, nessa época, a planta tenha um ligeiro déficit hídrico por 5 a 7 dias, a fim de forçar o desenvolvimento de um sistema radicular profundo.

Sistemas de irrigação

Na cultura da alfafa podem ser utilizados sistemas de irrigação por superfície ou por aspersão. Apesar de ser um método simples, geralmente a irrigação por superfície implica na sistematização do terreno e é mais utilizada no cultivo de arroz irrigado. Portanto, apesar de poder ser utilizado, não é o tipo de sistema mais comum na cultura da alfafa.

Os sistemas de irrigação por aspersão são compostos, basicamente, por aspersores, tubos e conexões, e pelo conjunto motobomba. A água é captada pelo conjunto motobomba e chega aos aspersores através da tubulação (tubos e conexões), que pode ser de aço zincado, alumínio, PVC ou polietileno (PE).

Os sistemas de irrigação por aspersão utilizados na cultura da alfafa são: aspersão convencional, aspersão em malha, pivô central e autopropelido.

Nos sistemas de irrigação por aspersão convencional (Figura 2) geralmente são colocados vários aspersores em uma mesma “linha lateral” (tubulação onde estão instalados os aspersores). Os sistemas de aspersão convencional são divididos em 3 tipos:

    1.portátil: todas as partes são móveis, inclusive o conjunto motobomba; são mais utilizados em cultivos itinerantes (batata, tomate e outros);

    2. semi-portátil: conjunto motobomba e linha principal fixos, e linhas laterais móveis;
    3. fixo: todas as partes fixas, inclusive linhas laterais.

    Desenho: Fernando Campos Mendonça

    Fig 2. Sistema de irrigação por aspersão convencional.

Os sistemas de aspersão convencional portáteis e semi-portáteis têm baixo custo de aquisição, por volta de R$ 1.500, 00 a R$ 2.500,00 por hectare (a preços do ano 2007). Entretanto, apresentam maiores custos de manutenção (5% do preço de aquisição) e de operação (mão-de-obra + energia), devido à constante movimentação das tubulações e dos aspersores e à maior potência da motobomba por hectare irrigado (3 a 8 cv/ha).

Dentro da aspersão convencional há também o sistema denominado canhão hidráulico, que funciona com aspersor único e de grande porte, utilizado de forma portátil e instalado sobre linhas laterais. São utilizados aspersores de grande porte, que geralmente operam com pressões de 40 a 100 metros de coluna de água (mca), raio molhado de 30 a 80 m e vazão de 30 a 100 m3/h. Esses sistemas apresentam alto custo de operação, devido à necessidade de motobombas de grande potência. Além disso, produzem gotas d´água grandes, que podem prejudicar a cultura da alfafa. Por isso, não têm sido muito utilizados na irrigação dessa cultura.

Há cerca de 10 anos tem-se mais popularizado o sistema de aspersão em malha, devido à sua praticidade operacional. É um sistema de aspersão fixo, cujas linhas laterais são chamadas de "malhas" e no qual só os aspersores mudam posição. Coloca-se apenas um aspersor por malha (Figura 3), para que a vazão do mesmo venha pelos dois lados da malha e seja possível utilizar tubos de pequeno diâmetro (geralmente 25 ou 32 mm).

Desenho: Fernando Campos Mendonça

Fig. 3. Sistema de irrigação por aspersão em malha


Foto: Fernando Campos Mendonça

Fig. 4. Sistema de aspersão em malha: (a) recém-implantada; (b) alfafal em pleno pastejo rotacionado.

Os sistemas de aspersão em malha apresentam custos de aquisição em torno de R$ 2.200,00 a R$ 3.200,00 por hectare. Apresentam baixo custo de manutenção (3% do preço de aquisição) e de operação (mão-de-obra + energia), devido à ausência de movimento da tubulação e à menor potência por hectare irrigado (1 a 4 cv/ha).

O pivô central (Figura 5) é mais utilizado em áreas maiores, acima de 40 ha. É um sistema constituído por várias torres triangulares cujo número depende do tamanho da área irrigada, que sustentam uma linha lateral aérea, na qual estão os aspersores do pivô (sprays). Os sprays são de baixa pressão (10 a 14 mca). Por isso, o sistema tem motobomba com média potência por hectare irrigado (3 a 6 cv/ha). A linha lateral do pivô central recebe água de uma adutora subterrânea, que vai da motobomba ao centro da área irrigada ("ponto do pivô"). O pivô irriga uma área circular e se move por meio motores elétricos instalados em suas torres.

Foto: Fernando Campos Mendonça

Fig. 5. Pivô central - ponto do pivô, torres e sprays ("aspersores").

Pivôs centrais apresentam alto custo de instalações, e é por isso que são economicamente mais interessantes em grandes áreas, onde os custos de instalação podem ser divididos por uma área irrigada maior. De modo geral, os custos de instalação de um pivô giram em torno de R$ 3.000,00 a R$ 5.000,00 por hectare e seus custos de manutenção são equiparáveis aos da aspersão convencional.

Entretanto, seus custos de operação (energia e mão-de-obra) são baixos, pois têm baixa relação potência/área e um operador consegue operar, facilmente, áreas de até 300 ha.

Fonte: EMBRAPA

Material disponível em: http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Alfafa/SistemaProducaoAlfafa_2ed/irrigacao.htm